quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A ARTE DE CONVIVER COM CRIANÇAS

A TODAS AS CRIANÇAS POR SEREM A ALEGRIA DE MINHA VIDA


CAPÍTULO 9 

Assim é minha convivência com a criançada.

Rimos unidos para que nossas risadas fiquem ainda mais engraçadas.

Brincamos juntos para que nossa amizade seja preservada.

Afinal, nada é mais alegre nesta vida do que sermos cúmplices na alegria de juntos fazermos folia.

Chutando água em uma poça formada pela chuva para molhar o outro, escondendo-se atrás das árvores, colocando folhas na cabeça como se inventássemos originais chapéus, pisando em galhos só para ouvirmos diferentes sons desta natureza bela ou simplesmente tirando as cascas de bambuzais já velhos, são sempre as crianças que nos mostram o caminho a seguir.

Certo dia um amigo meu com seus quase oito anos de idade, estava dependurado em um dos cipós que são capazes de formar as frondosas árvores.

Ele, sabendo perfeitamente brincar sozinho, se balançava ao redor de seu largo tronco até saltar para o meio da mata.

Eu, que vinha de uma caminhada, sorri diante de tal cenário.



Depois de elogiá-lo por sua enorme flexibilidade, fui convidada por este forte garoto a me aventurar em algo nunca antes por mim experimentado.

Confesso que gosto de vivenciar até hoje brincadeiras novas por serem desafiantes.

Porém, antes de agarrar aquele cipó pedi orientações para este moleque amigo meu.

Ele, todo confiante, passou a me mostrar passo a passo o seu conhecimento frente a mais esta possibilidade de nossa natureza.

Me senti de fato uma aventureira junto a este meu amigo dotado de um sorriso brejeiro.

Rimos muito de todas as minhas atrapalhadas por me enroscar em tal cipó que até gargalhadas despontaram quando eu caía antes da hora.

Este meninão mais ria de mim do que qualquer outra coisa, mas ainda assim eu não desistia. Dizia a ele que iria conseguir me sentir na selva de verdade.

E com isso, nossas habilidades foram se tornando ampliadas, pois a cada rodada íamos mais alto ainda pelos ares até que nossos pulos se torvavam também mais avançados.

Ele, como se fosse um mestre meu, ia me instigando a aprender mais uma divertida brincadeira dentro desta simplicidade que oferece a Mãe Terra.

E eu, como aprendiz, fui me sentindo cada vez mais feliz.

Por isso, muitas vezes, apesar de bem conhecer as crianças ainda me surpreendo vez em quando ao me deixar ser ensinada por elas.